Ervas e seus usos

Este Compendêndio Itaunense é a compilação de dados do universo de plantas medicinais estudado pelo grupo de mulheres
Cia. Ofícios da Vila, em Itaúnas (Espírito Santo).
As ervas eram apontadas nos encontros e o estudo foi ampliado e aprofundado nesta relação:


A
1 - ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.)

Família: Lamiaceae
Descrição: Originário do Sul da Europa e Norte da África. Subarbusto, ramificado, de até 2m. de altura. Folhas opostas, cruzadas, sésseis, lineares, coriáceas, espessas, lanceoladas; bordas voltadas para baixo; verde-escura na face superior e esbranquiçada na inferior, onde há pêlos estelares, que lhe confere aspecto tomentoso. Flores em cachos terminais, de cor azul-pálida ou lilás.
Cultivo: Prefere clima subtropical e boa exposição ao Sol. O plantio deve ser feito na primavera ou verão, por meio de mudas ou sementes. Neste último caso, a planta leva até três anos para se tornar adulta. A qualidade aromática do Alecrim se acentua quando o solo é seco e pobre em nutrientes. Vegeta também em regiões costeiras.
Uso e propriedades: Estimulante, antireumática, tônico do coração. Empregada para asma e nos abcessos.
Contra-indicações: Não deve ser usado durante a gravidez. Doses elevadas podem provocar irritação gastrintestinal e nefrite.
Modo de usar: Infusão: 10 g de planta verde/ 1 litro de água ou 4g de folhas secas/litro. Adulto: 2 a 3 xícaras/dia.
Componentes químicos: Óleo essencial contendo pineno, canfeno, cineol, borneol, acetato de bornila, cânfora e diterpenos. Possui também ácidos orgânicos, saponina, traços de alcalóides, princípios amargos e taninos.

2 -ALECRIM DE CABOCLO ou ALFAZEMA DE CABOCLO (Hyssopus officinalis.)

Família: Lamiaceae
Descrição: Arbustiva de caule lenhoso, bastante ramificada. Folhas lanceoladas, verde-escuras e esbranquiçadas na face inferior. Flores miúdas, brancas, dispostas em panículas axiliares, de perfume intenso.
Cultivo: Reproduz-se por estaquia, produzidas preferencialmente durante a primavera, de galhos novos.
Uso e propriedades: Nevralgia, excitação nervosa, insônia, vertigem, dor de cabeça, tosse laringite. Sua tintura é empregada para limpar o aparelho digestivo quando do consumo excessivo de carnes. Usa-se também na perfumaria.
Contra-indicações: Não se tem notícia.
Modo de usar: Infusão das folhas e flores (na proporção de 20 gramas para um litro de água).
Tintura: 20 gotas, três vezes ao dia.

3 - ALFAVACA (Ocimum basilicum L.)

Família: Lamiaceae
Descrição: Arbusto anual, que em ambiente propício pode se tornar perene.  Planta herbácea, muito cheirosa. Folhas ovais ou oval-elípticas, longipecioladas. Inflorescência em espigas. Fruto: aquênios. No meses mais quentes, solta pequenos cachos floridos em tons de branco e lilás.
Cultivo: Sol, sem exagero, para não perder aroma. Reproduz-se por sementes, em canteiros definitivos, com distância de 30 cm entre linhas. Acomodam-se as sementes em sulcos de 0,5 cm, coberto por fina camada de terra peneirada. Também se reproduz por estaquia.
Uso e propriedades: Estomáquica, diurética e tônica para os nervos. Gripe e febre usa-se as folhas. Para limpeza das vistas usa-se as sementes. Favorece a lactação e auxilia a cicatrização de rachaduras nos mamilos.
Contra-indicações: Deve ser evitada durante a gestação.
Modo de usar: Infusão das folhas (que não devem ser fervidas). Também pode se preparar as folhas no leite fervente e tomar à noite. As sementes devem ser fervidas e o chá amornado para lavar os olhos.
Componentes químicos: Contém taninos, saponinas, flavonóides, ácido cafeíco e esculosídeo. Óleo essencial contém estragol, linalol, lineol, alcanfor, eugenol, cineol, pineno e timol.

4 - ANIS (Pimpinella anisum L.)

Família: Apiaceae
Descrição: Planta herbácia, originária da Grécia, Egito e Oriente Médio, anual que mede até 75 cm de altura. Tem caule ereto, oco e estriado. As flores são brancas, que originam frutos ovóides ou periformes.
Cultivo: Clima temperado. Protegido de ventos e chuvas fortes. Não gosta de locais sombreados e é extremamente frágil.
Uso e propriedades: Problemas digestivos, favorece a lactação e regula a menstruação. Combate as enxaquecas de origem digestiva, problemas cardiovasculares e asmas. É utilizada nas cólicas infantis.
Contra-indicações: Doses elevadas podem provocar perda de memória, embriaguez e confusão mental..
Modo de usar: Infusão das sementes (na proporção de meia colher de chá para uma xícara de chá).
Componentes químicos: Contém em sua fração mais volátil acetaldeído, enxofre e pequenas quantidades de terpenos. Seu óleo possui anetol, metil-chavicol, p-metoxifenilacetona, gama himachaleno e neafitadieno. Contém ainda glicerídeos, gomas e cumarina.

5 - ANGÉLICA (Angelica officinalis / Angelica archangelica L.)

Família: Apiaceae
Descrição: Planta herbácea. Haste cerrada, fistulosa, suculenta. Folhas compostas. Folíolos opostos. Flores brancas, volumosas, de bordos lancinados.
Uso e propriedades: Problemas estomacais, expectorante, estimulante do apetite, diurética e depurativa do sangue.
Contra-indicações: Deve ser evitada durante a gestação e lactação. O uso da planta fresca não é recomendado.
Modo de usar: Decocto da raiz a 5%. Tomar uma xícara após as refeições.

6 - AROEIRA (Schinus terebinthifolius, schinus antarthritica, schinus aroeira.)

Família: Anacardiáceas
Descrição: Árvore pequena. Ramos foliosos, mais ou menos empubescidos. Inflorescências em panículas terminais. Frutos globulosos, avermelhados e pequenos.
Cultivo: Propaga-se por sementes ou estaquia.
Uso e propriedades: Usada nas gastrites, febres e reumatismo, ciática e gota.
Contra-indicações: Não confundir com a Aroeira Brava (Linthraea molleoides), que é extremamente cáustica, podendo causar afecções cutâneas. Seus banhos são quentes, exigindo resguardo de doze horas.
Modo de usar: Para gastrite usa-se o chá das folhas. Para outras indicações, prepara-se um decocto forte e banha-se as partes afetadas.


B
7 - BABOSA (Aloe Vera L.)

Família: Liliaceae
Descrição: Sua folhas são quase triangulares, grossas, suculentas, orladas de espinhos em serrilhas.
Cultivo: Reproduz-se por filhotes, que surgem junto ao pé da planta-mãe.
Uso e propriedades: Hemorróidas, garganta inflamada, coceira, caspa, tosse e queimaduras. Há indicações de seu uso como anticancerígena.
Contra-indicações: Abortiva. Seu uso interno pode provocar nefrite, intoxicação e irritação dérmica e ocular. Não deve ser usada por gestantes ou lactentes.
Modo de usar: Usa-se a polpa das folhas como supositórios em hemorróidas que não sangram. Esta polpa também é aplicada topicamente na área afetada por queimaduras, eczema, ersipelas e no cabelo.
Componentes químicos: Aloína, emodina, aloinose. Ácido creisofânico, aminoácidos, vitaminas B, C e E e sais minerais Ca, K, Na, Cl, Mn e Al.

8 - BATATA DE PURGA ou JALAPA (Convolvulus operculatus, Operculina altissima.)

Família: Convolvuláceas
Descrição: Planta herbácea, de caule trepador, quadrangular, sem gavinhas. Folhas ovais, inteiras.
Uso e propriedades: Depurativo da pele. Anemia, tumor, prisão de ventre e vermes.
Contra-indicações: Na gestação e lactação não deve ser usada. Em dose alta é venenosa.
Modo de usar: Cortar em rodelas, secar, ralar e tomar uma pitada do pó no almoço e outra no jantar. Este mesmo pó pode ser tomado em decocção, como purgartivo. De 5 a 6 gramas de raiz, para um copo d`água, age como laxativo; 10 a 12 gramas, purgativo; 20 a 22 gramas, drástico. Prepara-se um chá que se toma de uma só vez.

9 - BOLDO (Colleus barbatus )

Família: Lamiaceae
Descrição: Planta herbácea, de caule trepador, quadrangular, sem gavinhas, semisuculentos. Folhas ovais, inteiras, grossas, de margem serrada com uma leve penugem recobrindo as duas faces..
Cultivo: Propaga-se por estaquia e prefere solos bem drenados e ricos em adubo orgânico.
Uso e propriedades: Males do fígado, vômito e azia. Serve para combater piolhos.
Contra-indicações: Na gestação e lactação não deve ser usada.
Modo de usar: Pilar algumas folhas verdes, juntar água fria, mexer e tomar, ou por infusão das folhas.

10 - BORRAGEM (Borrago officinalis )

Família: Borragináceas
Descrição: “Planta de haste erecta, de até 60 cm de elevação , ramificada, recoberta de uma pelugem vasta. Folhas grandes, alternas, rugosas, elípticas, crenadas,, interias, eriçadas de pêlos; as inferiores são maiores e quse sésseis; as superiores são menores e amplexicaules. Flores ordinariamente azuis, raramente róseas ou brancas, dispostas em cimeiras”. [1]
Uso e propriedades: Depurativo, emoliente e sudorífera. Reumatismo, inflamação dos rins e bexiga, debilidades do coração.
Modo de usar: Usar folhas e sementes em infusão, na proporção de 20 gramas para 1 litro de água. Tomar 4 a 5 xícaras por dia.

11 - BREDO, CARURU ou RAÇÃO DE PORCO (Amarantus flavus )

Família: Amarantáceas
Descrição: “Erva silvestre rasteira, de vergônteas roxas e folhas também arroxeadas; flores em espigas, com um corpo arredondado e achatado no centro”.[2]
Uso e propriedades: Resfriado, desnutrição, afecções do fígado e anemia.
Modo de usar: Salada, sumo ou suco das folhas e talos.


12 - BRILHANTINA

Uso e propriedades: Dor de barriga e cólica menstrual e expectorante.
Modo de usar:.Chá das folhas e talos.




[1] Balbach, A -  A flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 517.
[2] Idem, ibidem, pág. 547.

C

13 - CAJU (Anacardium occidentalis L. )

Família: Anacardiaceae
Descrição:  Árvore de 5 – 15m de altura, casca rugosa, tronco e ramos tortuosos quando adulto, alguns ramos chegam a rastejar e enraízam no solo; folhas simples, alternas, coriáceas, em geral obovadas, 6 – 25 cm de comprimento, 5 – 15 cm de largura, nervuras laterais bem distintas; inflorescência do tipo panícula, flores hermafroditas e unixessuadas masculinas na mesma inflorescência, brancacentas, quando novas, depois avermelhadas.Fruto ( castanha, ou amêndoas), aquênio reniforme de 3 – 5cm, mesocarpo resinoso, preso a um pedúnculo espessado e carnoso(pseudo fruto) de cor amarela ou vermelho, tamanho variado, contendo suco de sabor agradável.”- [1]
Uso e propriedades: Colesterol, diabetes, inflamação do útero, dor de garganta, micose.
Modo de usar: Usar a casca da árvore em decocção. Tomar o chá três a quatro vezes ao dia. Para garganta, fazer gargarejo e para micose, usar em banhos.

14 - CAMOMILA (Matricaria chamomilla )

Família: Asteraceae
Descrição: “Planta herbácea, anual. Haste ercta, ramificada. Folhas irregulares, recortadas em colmilhos, glabras, alternas, nascendo nos nós das ramificações das hastes. Flores amarelas, pequeninas, na extremidade dos ramos, que servem de pedúnculo aos capítulos florais”. [2]
Uso e propriedades: Dentição infantil, inflamação, enxaqueca, cólica, febre e calmante.
Modo de usar: Infusão das flores.


15 - CANEMA (Coeranum laevigatum )

Família: Solanáceas
Descrição: “Arbusto. Folhas ovais, subcordiformes, alternas, lisas, pecioladas, de cheiro nauseante. Flores amarelo-esverdeadas, que se abrem à noite. O fruto é uma baga oval, com uma polpa e muitas sementes no interior”. [3]
Uso e propriedades: Febrífuga, sedativa, ajuda o funcionamento do fígado e estômago, cólica, reumatismo, hemorróidas.
Contra-indicações: O uso interno é muito perigoso, em virtude de seu princípio ativo tóxico.
Modo de usar: Banho, cataplasmas e compressas. Uso externo.

16 - CARAMBOLA (Averrhoa carambola )

Família: Oxalidáceas
Descrição:  A caramboleira, pequena árvore,é originária da Índia, tendo sido aclimatada no Brasil.O fruto, quando maduro, tanto da branca como da amarela ( Averrhoa bilimbi), é muito apreciado. [4]
Uso e propriedades: Desinteria, falta de apetite, pressão alta e vômito.
Modo de usar: Chá das folhas e suco.

17 - CARDO SANTO (Carduus benedictus)

Família: Asteraceae
Descrição: “Planta herbácea. Haste ramosa, lanuginosa, avermelhada. Folhas decorrentes, sinuadas ou denteadas, espinhosas. Flores amarelas, em calátides”. [5]
Uso e propriedades: Febre, gripe e dor de garganta. Abcesso.
Modo de usar: Chá da raiz e xarope. Loção.

18 - CARQUEJA (Baccharis triptera)

Família: Asteraceae
Descrição: Subarbusto, com folhas alongadas por toda a extensão da haste e de coloração verde-escura, com enervação central.
Uso e propriedades: Estomáquica, depurativa da pele e emagrecedora. Usa-se em casos de diabetes, afecções do fígado, baço e bexiga.
Contra-indicações: Deve-se evitá-la durante a gestação.
Modo de usar: Chá das folhas. Chá bem forte para banhar.

19 - CRAVO DE DEFUNTO (Dianthus cariophyllus )

Família: Cariofiláceas
Descrição: “Planta herbácea. Flor de jardim. Folhas estreitinhas, compridas, verde-azuladas. Flores terminais, de diversas cores”. [6]
Uso e propriedades: Gripe e rouquidão.
Contra-indicações: Não se tem notícia.
Modo de usar: Chá das flores.




[1] Pereira Pinto J.E.B, Compêndio de plantas medicinais, Lavras:UFLA/FAEPE, 2000.
[2] Balbach, A -  A flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 523.
[3] Idem Ibidem. Pág. 579.
[4] Balbach, A, As Frutas  na Medicina Doméstica,
[5] Balbach, A, A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 540.
[6] Idem ibidem anterior.

E

20 - ERVA-MOURA, PIMENTA DE CACHORRO, PIMENTA DA VELHA BABU ou ERVA DE BICHO (Solanum Nigrum )

Família: Solanáceas
Descrição: “Planta herbácea, de até 50 cm de elevação. Haste angulosa, ramificada, raramente simples. Folhas esparsas, pecioladas, freqüentemente geminadas, ovais acuminadas, quase trapezoidais, desigualmente lobadas, às vezes inteiras, verde-escuras. Flores em pequenas formações umbeliformes, brancas, curtamente pedunculadas. O fruto é uma baga verde a princípio, negra quando madura, de sabor amargo e nauseante”. [1]
Cultivo: Planta silvestre, cultivada através de sementes.
Uso e propriedades: Reumatismo, contusões e leucorréia.
Contra-indicações:. Somente  uso externo. Não deve ser utilizada por mulheres que amamentam
Modo de usar: Em forma de loções, banhos e cataplasma.

21 - EUCALIPTO TEODORO ( Eucalyptus Citriodora )

Família: Myrtaceae
Descrição: Árvore alta e perene com mais de dez metros de altura, de tronco branco cuja casca se desprende com facilidade. Suas folhas são oblonga aguda, esbranquiçadas na face inferior. Flores brancas penugentas.
Uso e propriedades: Gripe, tosse, antireumática e para lavar feridas. Antisséptico. Descongestionante das vias respiratórias.
Contra-indicações: Não se tem notícias.
Modo de usar: Chá das folhas adultas, banho e inalação.

G

22 - GERVÃO ou FOLHA VERDE (stachytarpheta jamaicensis, verbena jamaicensis )

Família: Verbenáceas
Descrição: Subarbusto. Folhas oval-alongadas, verde-escuras e serreadas. Flores pequenas, azuis ou roxas, em espigas terminais.
Uso e propriedades: Infecção interna, intestino, vermífuga.
Contra-indicações:.Não comer peixe.
Modo de usar: Chá das folhas ou das raízes (para vermes)

23 - GIRASSOL (Helianthus annuus )

Família: Asteraceae
Descrição:  Arbusto de até 2 metros de altura.Caule verde. Folhas verdes – esbranquiçadas, cordiforme – lanceoladas, ásperas, alternas. Flores amarelas, dispostas em redor de um disco grande, cuja face superior é toda recoberta de sementes oleaginosas. É uma planta muito útil.As sementes dão farinha para pão.Torradas, podem ser usadas como substituto do café.Comprimidas, dão um óleo(até28%) que pode empregar-se para fins culinários, para lâmpadas, e em substituição ao óleo de linhaça, pata preparar vernizes e tintas[2].
Uso e propriedades: Febre, malária, problemas pulmonares, doenças de estômago e resfriados.
Modo de usar: Chá das folhas secas.


[1] Balbach, A, A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 615.

[2] Idem ibidem anterior. Pág. 641

H

24 - HORTELÃ (Mentha piperita )

Família: Lamiaceae
Descrição:  Planta herbácea, ligeiramente aveludada. Haste ereta, quadrangular, avermelhada, ramosa. Ramos eretos e opostos. Folhas opostas, curtamente pecioladas, oval –alongadas, lanceoladas ou acuminadas, serreadas, algo pubescentes. Flores violáceas, numerosas, curtamente pedunculadas, reunidas em verticilos separados[1].
Uso e propriedades: Vermífuga e estomáquica. Dentição infantil, tosse,  inflamação, enxaqueca, cólica, febre e calmante.
Contra-indicações: Não se tem notícias.
Modo de usar: Chá das folhas. Suas folhas maceradas sob o sol em azeite de Oliva atenuam nas queimaduras.

J
25 - JASMIM BRANCO ou JASMIM BORBOLETA

Descrição: Folhas aciculadas que diretamente da terra, verde-escuras, brilhantes. Raízes brancas e suculentas.  Flores brancas, isoladas.
Uso e propriedades: Pressão alta, dor de garganta, dor no corpo. Tônico do coração, depurativo e antiinflamatório.
Modo de usar: Usa-se a água das flores, tomando-se diariamente um litro. Para depurar ou nas inflamções, prepara-se uma garrafada com suas raízes.

K

26 - KIOIÔ CRAVO

Família: Lamiaceae
Descrição: Planta herbácia, cujo aroma lembra o cravo-da-índia. Folhas lanceoladas, levemente serrilhadas, ásperas, verde-escuras. Inflorescência em espigas, com flores brancas e esverdeadas.
Uso e propriedades: Tosse e resfriados. Coceiras.
Contra-indicações: Não se tem notícia.
Modo de usar: Chá das folhas ou xarope. Para coceiras, emprega-se em banhos.

L

27 - LINHO (Linum Usitatissimum )

Família: Lináceas
Uso e propriedades: Laxante e diurético.
Modo de usar: Chás das sementes.

28 - MACELA (Achyrocline Satureioides )

Família: Asteraceae
Descrição: Erva anual ramificada, medindo até 1,5m de altura, aromática, pilosa. Folhas recortadas, alternas. Flores alvas com o centro amarelo, dispostas em pequenos capítulos.[2]
Cultivo: Propaga-se por semente ou estaqui, requer solo irrigado e temperaturas brandas.
Uso e propriedades: Febre e infecção intestinal. Calmante e digestiva. Ajuda no período da menopausa e a retirar olheiras.
Modo de usar: Chá das flores e banhos.

29 - MALVA (Malva sylvestris, malva vulgaris, Malva hirsuta )

Família: Malváceas
Descrição: Planta herbácea. Da raiz levantam-se diversas hastes cilíndricas, erectas, ramosas. Folhas alternas, longipecioladas, recortadas em 5 a 7 lobos pouco profundos, obtusos, de bordos serreados. Flores róseas com estrias vermelhas, reunidas em cimeiras de 3 a 5 nas axilas das folhas. Fruto deprimido, dotado de cálice persistente e composto de numerosos aquênios monospermos. [3]
Uso e propriedades: Laxante, dor de dente, afecções dos rins, bexiga e intestinos.
Modo de usar: Chá das folhas e flores.

30 - MALVARISCO ou ALTÉIA (Althaea officinalis, Althaea medicamentosa )

Família: Malváceas
Descrição: Erva vivaz, de 50 cm a 1 metro e meio de elevação, ligeiramente tomentosa, macia ao tato. Haste erecta, cilíndrica, de ramos alternos, verde ou verde avermelhada. Folhas numerosas, alternas, pecioladas, mais ou menos cordiformes, irregularmente lobadas, serreadas, aveludadas. Flores esbranquiçadas, purpúreas ou ligeiramente rosadas, quase sésseis. [4]
Uso e propriedades: Calmante, expectorante. Diurética.
Modo de usar: Chá das folhas e flores. As raízes são diuréticas e devem ser maceradas em água fria.

31 - MANJERICÃO

Família: Lamiaceae
Descrição: Planta semelhante à Alfavaca, porem de folhas extremamente lisas, longipecioladas.
Uso e propriedades: Combate febres e inflamações.
Modo de usar: Chá das folhas e banhos.

32 - MASTRUZ ou ERVA SANTA (Coronopus didymus)

Família: Crucifereae
Descrição: Planta anual, haste quadrangular, folhas sinuadas, ásperas. Flores em espigas, branca-esverdeadas.
Uso e propriedades: Vermes, tosse e tuberculose. Feridas e contusões.
Modo de usar: Tomar o sumo diluído em leite. Nas feridas deve-se aplicar as folhas frescas, machucadas e para contusões aplica-se o sumo com sal. As folhas verdes espalhadas pela casa espantam pulgas.

33 - MELANCIA (Cucurbita citrullus )

Família: Cucurbitáceas
Descrição:   A melancia oriunda da Índia e foi aclimatada no Brasil, sendo cultivada em todos os Estados do país. Outro nome botânico para a melancia é Citrullus Vulgaris.[5] 
Uso e propriedades: Infecção urinária e febre.
Contra-indicações:Não se tem notícia.
Modo de usar: Para infecções, usa-se o suco, consumido amplamente. Para febre, prepara-se uma infusão com nove sementes esmagadas  e toma-se fria.


34 - MELISSA ou ERVA CIDREIRA DE FOLHA ( Melissa officinalis )

Família: Lamiaceae
Descrição:  Planta de até um metro de altura. Folhas opostas, pecioladas, ovais, serreadas, algo pontiagudas, algo grandes, verde- claras, acinzentadas, de superfície marginal áspera. Pequeninas  flores de cor rósea, de cheiro semelhante ao do limão[6]. 
Uso e propriedades: Calmante, antiespasmódico, distúrbio nervoso, nevralgia, hepática, fortificante do coração e do cérebro. Associada ao Alecrim, tem efeito antiinflamatório.
Contra-indicações: Tem efeitos anafrodisíacos.
Modo de usar: Infusão de folhas e flores. Suas flores podem compor xaropes, por sua propriedade calmante.

35 - MIL FOLHAS (Achillea millefolium )

Família: Asteraceae
Descrição:  Planta européia, aclimatada no Brasil. “Raiz oblíqua, guarnecida de pêlos. Hastes numerosas, arredondadas, sulcadas, aveludadas. Folhas profundamente fendidas em lacíneas lineares. Tem cheiro balsâmico e gosto amargo. As flores são pequenas, brancas, como as de Artemísia. Floresce em maio ou junho; colhe- se em junho.” [7]
Uso e propriedades: Anti-hemorrágica, espasmos, adstringente, depurativa e no combate à hemorróidas.
Modo de usar: Infusão das folhas e flores.

35 - MUSSAMBÊ (Cleome spinosa )

Família: Caparidáceas
Descrição: Arbusto pequeno, ereto, levemente piloso. Folhas longipecioladas, dotadas de espinhos nos pecíolos e junto à base destes, são compostas e alternas. Flores róseas, em inflorescências terminais.
Uso e propriedades: Catarro, gripe e pneumonia. Estomáquica, estimulante do aparelho digestivo e para leucorréia.
Modo de usar: Chá ou sumo das folhas.

37 - NOGUEIRA (Juglans regia L. )

Família: Juglandaceae
Descrição: Árvore alta, originária da Ásia Ocidental, Sudeste da Europa, China e Himalaia. [8]– Balbach, A, A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 517.
Uso e propriedades: Laxante, diurético ( raiz). Leucorréia (folhas).
Modo de usar: Para infecções, usa-se o suco, consumido amplamente. Para febre, prepara-se uma infusão com nove sementes esmagadas  e toma-se fria.

38 - ROMÃ (Punica granatum )

Família: Mirtáceas
Descrição: Arbusto. Folhas miúdas, opostas, alternas ou fasciculadas. Flores grandes, vermelhas. Fruto grande, que deixa ver as sementes ao rebentar a casca, quando maduro. [9]
Uso e propriedades: garganta, catarata.
Modo de usar: Chá da casca do fruto. Pra os olhos, emprega-se gotas do sumo que envolve as sementes.

39 - ROSA BRANCA 

Família: Rosáceas
Descrição: Arbusto de folhas numerosas, oval-peciolada, serrilhada, com face inferior esbranquiçada. Flores brancas, em cachos, cada qual com cálices dialissépalos.
Uso e propriedades: Depurativo, infecção no útero, calmante, laxante, bom para vista.
Modo de usar: Infusão das flores. É empregada também em garrafadas de vinhos medicinais.

SABUGUEIRO (Sambucus nigra )

Família: Caprifoliaceae
Descrição:  Pequena árvore, de 3 a 4 metros de elevação. Tronco de casca pardacento – acinzentada, verrugosa. Folhas opostas, compostas, imparipenadas, de 5 a 7  folíolos curtamente peciolados, oval- lanceolados, acuminados, serreados. Flores miúdas, brancas, muito aromáricas. Inflorescência em umbelas. Fruto: baga globulosa, preta, luzente, lisa, contendo 3 pequenas sementes. Espremida, dá um suco vermelho–sangue. [10]
Uso e propriedades: Sudorífero, laxante e diurético.
Modo de usar: Infusão das flores.

40 - SALSA DA PRAIA (Ipomoea pes caprae )

Família: Convolvuláceas
Descrição: Cipó rasteiro, de caule fibroso de onde emergem ramalhetes de folhas opostas, pontiagudas, duras. Raízes adventícias. Flores roxas. Habita próximo ao mar, em regiões com formação de dunas.
Uso e propriedades: Depurativo, abcesso (aplicar folhas trituradas para supuração) e infecção.
Modo de usar: Sumo ou decocto das folhas.
 41 - SÁLVIA (Salvia officinalis )

Família: Lamiaceae
Descrição: Planta herbácea, de uns 50 cm de elevação. Hastes em moita, erectas quadrangulares, pubescentes, esbranquiçadas, ramificadas. Folhas opostas, cruzadas, verde – esbranquiçadas, rugosas, mais ou menos pubescentes, levemente crenadas, espessas, levemente reticuladas; as inferiores são pecioladas, oblongas, lanceoladas, por vezes auriculadas na base; as superiores são sésseis, acuminadas. Inflorescência em calátides terminais. Flores violáceas ou brancas, curtamente pediceladas, dispostas ( 4 a 8) em verticilos munidos de brácteas opostas, ovais, cordiformes, acuminadas, côncavas, caducas.– [11]
Uso e propriedades: Cicatrizante, hipoglicemia, digestiva, diurética, anti–reumática, tônico do coração, adstringente, esgotamento nervoso, depressão(chá).Picada de inseto(esfregar as folhas verdes).Clarear os dentes e inflamação na gengiva(pilar folhas secas e usar para escovar os dentes).
Modo de usar: Infusão das folhas para uso interno e decocto forte para banhos. Sua tintura é usada na proporção de 20 gotas, diluídas em água, ou na composição de xaropes.
42 - SUCUPIRA (Bowdichia major )

Família: Fabaceae
Descrição:  Linda árvore copada. Tronco e ramos erectos.Folhas compostas, miúdas, lisas. Flores roxas, em cachos, nas pontas dos ramos. Fruto: vagem contendo sementes vermelhas dotadas de manchas pretas. [12]
Uso e propriedades: Anemia, febre reumática, problemas do coração, gripe, cansaço, bronquite e rouquidão.
Modo de usar: Usam-se as sementes - quebrar 7 sementes, para garrafadas com biotônico. Pode renovar o biotônico até 3 vezes nas mesmas sementes.Tomar um cálice antes do almoço e outro na janta, durante 7 dias.

43 - TARIRIQUINHA

Família: Leguminoseae
Descrição: Planta herbácia, de até 70 cm, caule verde com riscos avermelhados. Folhas ovadas compostas, inteiras, paripenadas, com ráquis avermelhado. Flores axiliares amarelas. Vagem estreita e comprida, verde a princípio, mas que se torna marrom ao secar.
Uso e propriedades: Gripe, febre, pneumonia e tuberculose.
Modo de usar: Torrar as sementes, triturar e peneirar até obter pó. Juntar ao pó de café, preparar normalmente e tomar.

44 - VERÔNICA (Verônica officinalis )

Família: Escrofulariaceae
Descrição:  Planta de 10 a 30 cm, verde-escura, aveludada.Haste herbácea, rasteira, ramosa. Folhas opostas quase sésseis, ovalelípticas, serreadas. Flores azul – pálidas ou branco – rosadas, quase sésseis, em cacho axilares ou terminais.O fruto é uma cápsula pequena, polisperma. [13]
Uso e propriedades: Problemas digestivos, anticatarral. Suas sumidades floridas devem  ser colhidas no verão e secas ao sol.
Modo de usar: Toda a planta, em infusão ou decocção.

45 - VIOLETA (Viola odorata, viola Alba, viola imberis, viola martia )

Família: Violaceae
Descrição: Planta herbácea.Raiz nodosa, ramosa, esbranquiçada, munida de numerosas radicelas fibrosas. Haste nula. Folhas radicais, longipecioladas, arredondadas, ovais, ou reniformes, cordiformes, de bordos crenados, empubescidas, verde – escuras. Flores violarias, longipedunculadas. O pendúnculo é recurvado superiormente à semelhança de uma bengala[14]. – Balbach, A, A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 849.
Uso e propriedades: Catarros de bronquite, inflamação nas vias respiratórias.
Modo de usar: Flores e folhas em infusão.

46 - VISCO OU PARASITA

Descrição: Folhas ínfimas, agrupadas que habitam pedras nas beiras de rio.
Uso e propriedades: Antiespasmódica, moderadora da pressão arterial. Arteriosclerose, nefrite crônica, histeria e epilepsia (extrato).
Modo de usar: Suas folhas são empregadas em infusão ou garrafadas. Seu extrato também é muito útil.


[1] Idem Ibidem anteior. Pág. 657
[2] Pereira Pinto J.E.B, Compêndio de plantas medicinais, Lavras:UFLA/FAEPE, 2000.
[3] Idem ibidem. Pág. 701 a 703.
[4] Idem ibidem. Pág. 449
[5] Balbach, A, As Frutas Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 249.
[6] Balbach, A, A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 604.
[7] Balbach, A, A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. II, pág. 724 a 726.
[8] Idem ibidem anterior. Pág. 517
[9] Idem ibidem anteiro. Pág. 777
[10] Idem ibidem anterior. Pág. 779
[11] Idem ibidem. Pág. 785
[12] Idem ibidem. Pág. 792
[13] Idem ibidem. Pág. 845 a 847
[14] Idem ibidem. Pág. 849

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