10 de abril de 2012

Visita ao Angelim

Já fazia algum tempo que não visitava a Comunidade Quilombola do Angelim, pertinho de Itaúnas, onde moram as irmãs Zirinha e Dentina. Pois neste fim de semana fui lá, buscar Erva Santa, ou Mastruz (como queiram) para espantar as pulgas de bicho-de-pé do meu quintal. Mas não se sai de lá sem um aprendizado novo, sem uma bênção no coração.
Assim sendo, trouxe comigo a erva de proteção chamada 13 de maio. Amargosa, suas folhas se prestam a um banho que leva as coisas ruins embora, afasta a inveja e a cobiça. Por recomendação de Dentina, devo plantá-la na entrada de casa e assim farei.
O princípio da mudança está na intenção e essa lição facilmente aprendida, às vezes também é facilmente esquecida. Cultivar o querer profundo, do bem para si e para os outros, é fonte de grande poder, que traz felicidade e paz.
Banho tomado, querer empenhado, me sinto mais feliz!

29 de dezembro de 2011

Bons fluídos para 2012

Que tal um banho de cheiro para preparar a chegada de 2012?
Aqui vai uma receitinha 'das antigas' para atrair sucesso, amor e proteção:

Cozinhe em dois litros de água as seguintes ervas:
dois pauzinhos de canela em casca (sucesso)
cinco folhas de louro (dinheiro)
cinco cravos da índia (fortaleza)
uma folha de espada de São Jorge ou de cinco pontas (proteção)
um punhadinho de alfazema (amor)
Ferva por uns cinco minutos, deixe amornar e coe. Tome um banho bem agradável no dia 31 de dezembro e, por último, verta o chá sobre o corpo do pescoço para baixo. Deixe escorrer, sem secar com a toalha. Mentalize coisas boas enquanto estiver jogando a água sobre o corpo.

Um Feliz Ano Novo, com muito amor e paz!

19 de outubro de 2011

Agrotóxico

O assunto está na pauta dos municípios do norte capixaba. O que se vê por aqui são imensas plantações pulverizando veneno de avião e os teóricos do Apocalipse dizendo que essa é a forma mais eficiente e de menor impacto ambiental. Escolas, casas, rios, nascentes, no meio da zona rural, sofrem com a chuva maldita.
A gente está ficando sem lugar no mundo... Não é só ingerir agrotóxico, de modo velado, dia-a-dia, na mesa. Hoje, chove defensivo em nossa cabeça e a gente tem que entender que é legal, fiscalizado e regulamentado. E ainda tem camarada querendo meu voto e dizendo que vai me representar. Brincadeira!
Quando as $$$ vão dar lugar à saúde, à qualidade de vida e ao ser humano?
Era bom se o produtor rural, esse do agronegócio, viesse para o debate.

4 de outubro de 2011

Fórmulas caseiras

A seguir, vamos conhecer a manipulação doméstica de alguns remédios caseiros, lembrando que nós e o ambiente em que vai ocorrer a manipulação precisamos estar bem limpos. Separe tudo o que vai usar, esterileze vidros e utensílios com antecedência e coloque uma vibração de amor no ato de manipular remédios à base de plantas medicinais.

São variadas as formas sob as quais podemos apresentar os princípios ativos manipulados. Desde a forma de chás, xaropes caseiros, até tinturas, pomadas, loções, etc. Nos encontros da Cia. Ofícios da Terra, porém, aprendemos ainda que devemos manter uma atenção especial aos aspectos da energia durante a manipulação, sem perder da mente a necessidade de sinergia entre os Reinos atuantes (Animal e Vegetal). O respeito às plantas, por seu poder de cura, tem que nortear o processo de manipulação. Aprendemos a considerar a enfermidade como uma manifestação dos desequilíbrios físicos, mentais e espirituais e, a partir de então, buscar a cura nestes três campos de atuação.
A tradição sobre ervas medicinais de Itaúnas aponta os seguintes modos de preparo de remédios caseiros:

Infusão
Verter uma xícara de água fervendo sobre uma colher de sopa de ervas frescas e picadas. A proporção é de 20% de plantas para preparo de infusões com a planta fresca. Deixe descansar por 10 a 15 minutos, coe e tome em seguida. Se as ervas estiverem secas, diminui-se pela metade a quantidade de material.

Decoccção
Ferver durante alguns minutos 200 gramas de ervas em um litro de água. O tempo de cozimento varia de acordo com que se vai preparar. Para raízes e cascas, o tempo aproximado é de dez minutos. Para folhas, deve-se ferver por cinco minutos. Folhas tenras e flores são indicadas para infusões.

Óleos
Colocam-se 60 gramas (12 colheres de sopa) das folhas escolhidas, já lavadas e enxutas, em vidro claro. Junta-se 300ml. de óleo de girassol (óleo de cozinha) às ervas. Depois, expõe-se ao Sol por duas semanas ou ferve-se em banho-maria por 30 minutos.
 Côa-se em coador de chá forrado de algodão, em pano limpo ou em filtro de papel. Guardar em vidro escuro.
Usa-se para dores no corpo ou para massagens estimulantes. Pode entrar em composições de pomadas.

Pós
Pode ser feito com folhas, flores ou cascas.
Secar a erva à sombra e protegida de insetos e poeira, por uma semana. Pilar e peneirar em seguida. Guardar em vidros bem tampados e sem umidade por até três meses. Usa-se para aplicar sobre feridas ou ainda, via oral, misturado ao leite ou mel. Pode ser consumido também junto com as refeições.

Xarope
Cozinhe, em um litro de água, 200 gramas de várias ervas indicadas para tosse e gripe. Deixe ferver bem. Caramelize duas xícaras de açúcar e junte ao cozimento. Espere esfriar e guarde em vidro esterilizado.
Validade: sete dias
Tomar uma colher (de sopa) três a quatro vezes ao dia.


Maceração
Coloque a erva limpa e picada em uma jarra de vidro e despeje água fria, limpa e filtrada. Deixe da noite para o dia e beba o líquido como se fosse água, até acabar.

Ungüentos
Cozinhe dez partes de gordura (banha, óleo de coco, gordura vegetal, vaselina, etc) e três partes de sumo de ervas medicinais, em banho-maria, durante uma hora. Deixe esfriar e guarde em potes esterilizados. Dura apenas uma semana.

Cataplasma
Contunda fortemente a erva desejada e junte azeite, colocando a mistura entre dois panos finos. Pode-se ainda misturar a erva contundida com farinha e água e colocar entre os tecidos. Para furúnculos, panarícios e tumores, usa-se bem quente. Em caso de inflamações dolorosas, usa-se morno.

26 de setembro de 2011

Mata Ciliar

O tempo vai passando e o olhar da gente sobre o meio depura tanto, que a paixão cega dá lugar à crítica. Sempre construtiva, mas uma crítica severa.
Hoje vivo São Mateus e me dói ver o que acontece com os rios por aqui. Recentemente e descaradamente, retiraram um pedaço bastante considerável da Mata Ciliar do Córrego Abssínia, ao lado da ponte da Othovarino, próximo à Unisan.
Outro dia foi a invasão, com cerca e tudo, do Rio Preto, também na ponte da Othovarino. Ridículo. O cara cercou até dentro d'água. A polícia foi lá e ele recuou 5 metros. Faz-me rir.
Só pra não sair da questão da água, descobri o quanto esse bem é precisoso. Moro em Guriri e quem mora ou conhece o lugar já sabe esta ladainha. Água suja na torneira, quando tem. A caixa d'água, elevada, não sabe mais que cor água tem, só vê raramente. E o cotidiano vai ficando difícil: com que água cozinhar? Nunca sobra pras plantas, para uma limpeza mais eficiente. No banho, regrada. O cabelo, coitado, lavado com água suja e salobra, no banho de canequinha. Dá pra estar feliz com isso?
E, saindo do umbigo e do chororô, perto do Cricaré ninguém sabe o que é sofrimento. A cidade centenária ainda defeca em seu leito. Falta de respeito total!
É gente desmatando pr’um roçado, pra uma casa, pra estender o quintal. A pressão imobiliária sobre o Rio é tão grande, que ele, em sua enormidade, tem dificuldades para suportar. Vai ficando assoreado, contaminado, impuro. E isso para um rio é muito triste.

20 de setembro de 2011

Chegando

Meu coração anda ansioso, tem vontade de falar. Falar de coisas boas, de qualidade de vida, das verdades que a gente adota para a vida. Aqui, as plantas medicinais terão espaço, tanto as experiências e aprendizados acumulados, quanto as dúvidas e incertezas que surgem quando queremos a cura. Também vamos falar de banhos, alimentos e da força dos reinos e seus elementos no realinhamento das nossas energias físicas e etéreas.
Este é um registro de uma busca longa e que, espero, não termine nunca, pois o melhor da caminhada é o próprio caminho.
A propósito: o nome do blog é uma homenagem à divindade africana que habita a mais velha de todas as árvores do Planeta, a primeira, aquela por onde os Orixás desceram à Terra.
Salve Irôko e toda a natureza terrestre!

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